No dia 05 de fevereiro de 2021, comunidades de parques da Bahia receberam com enorme preocupação a notícia do plano de concessão de cinco parques baianos à iniciativa privada, como parte do projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de Concessões de Parques Naturais, lançado no final de 2020.
Um dos parques afetados é o de São Bartolomeu, no bairro histórico de Pirajá. Além de outras coisas, o parque é uma área de uso comum de diversos terreiros de Candomblé. “O parque São Bartolomeu é o respiro e o sustento de muitos de nós. Esta floresta é a nossa mãe espiritual. Promover a venda, o espólio, é tirar das nossas vidas o alimento da alma! A APA São Bartolomeu é um espaço para a prática do bem-viver e morada de Orixá, de Inquice; é casa de encantados é o santuário a décadas do povo de Terreiro”, afirma a Ialorixá do Terreiro Ilè Asè Oyá, Nívia Luz.
Com espanto, os movimentos sociais que vivenciam essas regiões reuniram-se para traçar estratégias de resistência e se opor a essa iniciativa do Governo do Estado. A mobilização visava não apenas defender o caráter público dos parques, como seu aspecto de uso comum pelas comunidades do entorno. Essa visão é contrária ao que está acontecendo no processo de privatização, visto que a comunidade relata só ter tomado conhecimento do processo a partir da Imprensa. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia, a medida deveria fortalecer a gestão, o que ambientalistas e lideranças discordam. A começar pela própria forma como a decisão foi tomada, sem sequer informar os conselhos gestores dessas unidades de conservação.
Através dessas reuniões, foi lançada uma petição que visa arrecadar assinaturas contra esse projeto de privatização do parque São Bartolomeu e que você pode assinar clicando aqui. A comunidade também tem um página no instagram: @parquesãobartolomeupirajaofc .