Diante deste cenário de pandemia, nunca antes vivenciado pós grandes guerras mundiais, termos e discussões têm surgido e ganhado muita visibilidade no nosso cotidiano. Entre esses, passamos a ouvir diariamente nos noticiários, nas mídias sociais e demais canais de comunicação, a palavra lockdown. Mas, o que é lockdown?
Se fossemos utilizar seu sentido mais estrito ou uma tradução ipsis litteris, lockdown estaria ligado a manter os presos em suas celas para que seja restaurada a ordem no presídio após rebelião ou tumulto. Todavia, no atual contexto e com a necessidade de enfrentar a propagação do Covid-19, a palavra vem sendo empregada num sentido menos literal e refere-se a restrição do movimento de pessoas ou confinamento social ou ainda isolamento social obrigatório. Ou seja, restringe-se a circulação das pessoas, essas não devem sair de casa, exceto em condições emergenciais e/ou necessárias, para preservar sua segurança.
Nesse sentido, existiriam dois tipos de lockdowns, o vertical e o horizontal. O primeiro, consiste em manter empresas abertas e isolar grupos de risco – no caso deste cenário do coronavírus, manter-se-ia em isolamento/confinamento apenas idosos e pessoas com problemas de saúde crônicos. E no segundo caso, o lockdown horizontal, que é o que vem sendo adotado em várias cidades do Brasil e do mundo desde o início da pandemia, mantém-se empresas fechadas – exceto aquelas essenciais, como farmácias e mercados – e a população isolada em suas casas.
Contudo, nas últimas semanas para evitar que o sistema de Saúde de Salvador entre em colapso, a prefeitura municipal de Salvador adotou medidas mais severas quanto ao lockdown horizontal. Com uma decisão austera, por conta do aumento na circulação de pessoas e dos registros de novos casos do Covid-19, alguns bairros e ruas da capital baiana – Avenida Joana Angélica, Boca do Rio, Pituba e Plataforma – tiveram várias lojas fechadas e a circulação de pessoas proibida.
Entendendo que essas medidas restritivas intensas podem conter a propagação e o aumento de casos, evitando uma situação de emergência sanitária ainda mais caótica, só que adequadas à realidade de cada bairro, a prefeitura, segundo consta em seu perfil no Instagram, deve acompanhar semana a semana a evolução quanto aos novos registros da doença e com isso estabelecer, mediante decretos, a permanência, exclusão ou inclusão de bairros ou ruas quanto a essas medidas mais severas, bem como a suspensão e/u adequação de uma série de outras atividades.