Pernambués

De acordo com os dados dos infográficos presentes neste site, em 2010, o bairro Pernambués contava com uma população total de 64.983 habitantes, a maior parte se autodeclarou parda (54,68%) e preta (27,77%), do sexo feminino (52,57%) e se encontrava na faixa etária de 20 a 49 anos (55,5%). No que diz respeito aos domicílios, 0,39% dos responsáveis não eram alfabetizados e apesar de 37% estar na faixa de 1 a 3 salários mínimos, a renda média dos responsáveis por domicílio no bairro era de R$1.411,00. Já com relação a infraestrutura ofertada, 98,51% dos domicílios contavam com coleta de lixo, 99,63% com abastecimento de água e 96,31% com esgotamento sanitário.

 

Histórico

Texto de Clara Souza Ferreira Rocha* e Mayara Mychella Sena Araújo**

Publicado em 28 de julho de 2021

 

Segundo Rossi (2018), o nome do bairro está ligado à existência de um rio nessa área que era chamado Pernambués. O nome tem origem indígena e significa “brejo” ou “tanque de água”, quanto a isso, as pesquisas realizadas por Santos et al. (2010) junto a Luiza Pinto do Nascimento, coordenadora do Terno de Reis Rosa Menina, e Valdeluce Nascimento, integrante do Clube das Mães da Comunidade em Ação de Pernambués, dizem:

[....] que o nome está associado a “brejo”, em alusão às pequenas lagoas ali existentes. Conforme Valdeluce Nascimento [...] o bairro antigamente era passagem para grandes fazendeiros que se deslocavam com boiadas, passando assim a chamá-lo de “Pés de boi”, o que teria dado origem ao nome de Pernambués. Luiza Nascimento lembra também que há quem diga que Pernambués significa “Perna de Boi” em idioma africano (SANTOS, et al., 2010). 

Nicolin (2016) acrescenta que as lideranças religiosas descendentes de quilombolas1 foram os principais agentes da ocupação popular nas matas do entorno do Cabula, o que inclui o bairro de Pernambués. O autor ainda explica que ao instalarem seus Terreiros de Candomblé2 nessa parte ainda não urbanizada de Salvador, os descendentes das famílias-de-santo  fomentaram e deram suporte a outras famílias na ocupação dos terrenos vizinhos, tornando-se referências comunitárias locais, fazendo com que se ampliasse cada vez mais a ocupação negra nessas áreas. 

Somado a isso, Rossi (2018) pontua que o relevo acidentado e a hidrografia foram fatores que favoreceram a ocupação de Pernambués, já que essas características eram favoráveis à ocupação inicial, na qual seus habitantes  eram obrigados(as) a se esconder nas matas. Adicionalmente, a desvalorização econômica dessas terras aconteceu, de um lado, por serem distantes do que era o centro3 da cidade na época e, de outro, porque favoreceu que foreiros4 e posseiros5 as ocupassem para habitação e agricultura, já que não encontrariam dificuldades no acesso a água que era abundante em fontes e rios. Sendo assim, a partir de 1925, a população quilombola passou a dividir as terras com a produção agrícola que lá crescia, mais precisamente, as fazendas de laranja, e seus respectivos trabalhadores.

Santos et al. (2010) ainda acrescenta que, a origem do bairro estaria associada a uma fazenda, na qual, em meados do século XX, os moradores sobreviviam do cultivo e da venda de frutas no Pelourinho, na Feira das Sete Portas e na Feira dos Sete (essa última em Água de Meninos). Por ser caracterizado por áreas com grandes fazendas, a agricultura familiar foi uma prática de povoamento muito importante do bairro e está presente até hoje, em proporções extremamente reduzidas, expressas através das hortas urbanas espalhadas  em Pernambués. 

As datas de fundação dos Terreiros de Candomblé, que variam entre 1944 e 2004, revelam que boa parte desses templos religiosos foram construídos antes da produção formal do bairro, que só veio a acontecer na década de 1970 (ROSSI, 2018). Essas são evidências que reforçam a tese de que esses terreiros de Candomblé, que surgiram ao longo do século XX, foram precursores da ocupação e consolidação popular de Pernambués, assim como foram em partes do Cabula e entorno - Beiru, São Gonçalo do Retiro, Sussuarana e Estrada das Barreiras (FERNANDES, 2003).

Em 1949, o bairro tem a construção e inauguração, por meio do decreto estadual nº 14.218/1948, de sua primeira escola a Escola Rural6. Fechada na década de 1960 e depois demolida, sendo substituída pelo Colégio Estadual Aliomar Baleeiro, inaugurado em 1971 e em funcionamento até hoje. A escola é uma das duas estaduais localizadas em Pernambués e atende a diversos moradores, principalmente aqueles que vivem na Baixa da Guiné, Baixa da Paz e adjacências.

A partir da década de 1950, após a incorporação efetiva do Cabula à cidade, que se inicia com a instalação do 19º Batalhão de Caçadores (19° BC), muitos loteamentos7 passaram a ser aprovados naquela área. A crescente urbanização da cidade de Salvador implicou ao Cabula e a Pernambués uma atenção mais direta da Prefeitura Municipal de Salvador (PMS) e do governo do estado, por essa se tratar de uma das possíveis áreas de expansão da cidade. Além disso, o bairro despertou também o interesse dos agentes privados do mercado imobiliário e proprietários de terra e apesar de naquela época ser uma área com cerca de 800 habitantes, Pernambués passou a ser mais um espaço para a especulação fundiária  (LIMA, 2016).

Segundo Lima (2016), já no final da década de 1960, por meio do Decreto Estadual n° 20.869/1968, o governo do estado desapropriou parte das terras da fazenda Girão e da Chácara da Perseverança, dos herdeiros de Arthur Lago8, estando as duas localizadas onde atualmente se encontram o bairro de Saramandaia e parte do bairro de Pernambués. O intuito do governo era construir o Centro de Abastecimento de Salvador. Entretanto, a autora pontua que nesta parte das terras foram construídos, em 1974, a sede do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e o Terminal Rodoviário de Salvador. O restante das terras nas imediações da rua dos Rodoviários, logo atrás dos equipamentos construídos pelo governo estadual, foi ocupada de maneira espontânea pela população mais vulnerável. Parte dessa ocupação que cresceu foi batizada como Saramandaia9, atualmente, um bairro.

A década de 1970 teve como um dos marcos para o bairro, a pavimentação da Avenida Thomaz Gonzaga (1974). Nesse mesmo período, já existiam alguns outros loteamentos privados, como a Chácara da Perseverança (1968), Jardim Yara (1972) e Jardim Celinópolis (ano desconhecido). Rossi (2018) acrescenta que em 1976, as ruas Escritor Edison Carneiro, Santa Clara e Avenida Hilda já estavam estruturadas, tendo uma boa quantidade de residências e alguns serviços.  

O autor ainda segue contando que além de representar parte da história do bairro, a Avenida Hilda foi um dos vetores de grande importância para o crescimento de Pernambués. Lá foram instalados estabelecimentos comerciais e equipamentos públicos como o posto de saúde, uma escola municipal bem como outros imóveis para fins residenciais ou comerciais. 

Rossi (2018) adiciona que, ainda na década de 1970, já existia o Centro Social Urbano (CSU)10, que é muito conhecido pelos moradores mais antigos de Pernambués, por estar onde foi o primeiro núcleo central do bairro e que atualmente se localiza a Praça Arthur Lago e a sede da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar. Segundo o autor, já existiam também os conjuntos habitacionais de edifícios: o São Judas Tadeo, destinado aos funcionários de menor renda da Petrobras, o Jardim Europa e o conjunto João Durval.

Enquanto isso, a autoconstrução11 se ampliava ao longo das encostas, em alguns casos alcançando com maior densidade as áreas de vale. Nessas áreas, os terrenos próximos às margens dos rios eram, geralmente, ocupados por hortas, as quais já eram alvo de atenção do governo estadual, que queria fechá-las alegando contaminação por esgoto, o que não aconteceu, até porque, segundo Rossi (2018), se ocorresse geraria impacto ao abastecimento do bairro. 

Por estar próximo ao que veio a ser uma nova centralidade12 da cidade, a expansão e consolidação de Pernambués foi facilitada também pela expansão da cidade no sentido do vetor norte atlântico, durante a década de 1960 e 1970, com a construção das Avenida Tancredo Neves (1968), Avenida Mário Leal Ferreira - Bonocô (1970), Avenida Luiz Viana Filho - Paralela (1971) e Avenida Antônio Carlos Magalhães (1975).

Lima (2016) destaca que em 1978, foi instalada a Madeireira Brotas no entorno do bairro, em uma das principais vias de acesso à Pernambués. A loja que tornou-se uma espécie de shopping da carpintaria e dos materiais de construção, atendia a demanda de diversos consumidores do próprio bairro de Pernambués - caracterizado por autoconstruções - e de bairros adjacentes - Brotas, Pituba, Costa Azul, entre outros. Atualmente, além de atender a demanda desses bairros, a madeireira é uma referência para a cidade.

Em 2001, foi construída a Avenida Luís Eduardo Magalhães (LEM), que cortou parte das matas do 19º BC do Exército Brasileiro e conectou a Avenida Paralela à rodovia federal BR-324, possibilitando a articulação do miolo13da cidade. Além disso, segundo Rossi (2018), a LEM conectou o setor nordeste14 do bairro de Pernambués com a circulação viária da cidade. O autor pontua que para a construção dessa avenida foi necessário fazer a canalização de parte do rio Pernambués, acarretando, indiretamente, em uma valorização dos terrenos da chamada Baixa da Horta15, onde a agricultura era predominante, fazendo com que, entre 2001 e 2010 os terrenos que eram ocupados por hortas fossem quase que totalmente substituídos por moradias.

A consolidação dessa outra centralidade da cidade, como área de grande concentração comercial e de serviços, foi sucedida por uma expansão de eixos próximos, ressalta Rossi (2018). Como exemplo temos a inauguração do Salvador Shopping (2007) e o crescimento da presença de edifícios comerciais na Av. Tancredo Neves e Av. Paralela. No século XXI, embora Pernambués ainda tenha características de um bairro popular - autoconstrução, vulnerabilidade social, etc - ele está bem localizado na cidade, próximo a centros comerciais16 e financeiros, estando bem articulado no modal do transporte, inclusive com acesso a três estações do metrô17.

Ainda segundo o autor, a partir de suas leituras e análises sobre o censo demográfico do bairro, dados corroborados pelo próprio site do Observatório, esses foram fatores de atração que contribuíram para o crescimento populacional em Pernambués ser maior que o de outros bairros, alcançando um total de 64.983 moradores, em 2010.

De acordo com Lima (2016), outra mudança significativa surgiu no bairro a partir do contexto da construção da Via Expressa18 e reestruturação da Rótula do Abacaxi, com a conclusão do shopping Bela Vista e do Horto Bela Vista19, em 2012. Segundo a autora, uma nova disponibilidade de equipamentos de mobilidade e estabelecimentos de comércio e serviço surgiu ao redor do bairro. 

Virgens (2016) adiciona que, a construção do Shopping e do Horto Bela Vista foi alvo de críticas da imprensa, de pesquisadores e da sociedade civil organizada - Grupo Alerta Pernambués (GAP) e a Rede de Associações de Saramandaia (RAS). A autora pontua que a falta de estudo e medidas consistentes para lidar com os impactos de vizinhança e ambiental fizeram com que, os governos estadual e municipal fossem pressionados para embargar a obra visando diminuir os impactos. Essa pressão só ocorreu graças a uma luta comunitária, representada especialmente pela GAP e a RAS. Esse movimento resultou em 2009, na assinatura de um TAC20 entre a JHSF21, o Ministério Público Estadual e a sociedade civil organizada. Esse TAC tornou obrigatório o investimento, por parte da incorporadora imobiliária, na requalificação dos acessos ao bairro de Pernambués e da praça Arthur Lago, além da criação da praça no bairro de Saramandaia

Rossi (2018) acrescenta que existe entre os moradores uma noção de diferenciação socioespacial do bairro, relacionada aos tipos de residência e onde essas se localizam, sendo um exemplo disso o Horto Bela Vista. Apesar de o condomínio está situado dentro dos limites do bairro de Pernambués e ser considerado uma área nobre do mesmo, ao buscar por seu endereço na internet ele consta como pertencente ao bairro do Horto Bela Vista, quando este último nem é um bairro formalizado ainda. 

Em 2013, o governo do estado lançou o edital de licitação da construção de uma nova rodoviária em Salvador, mais precisamente no bairro de Águas Claras, o que acarretaria na remoção da atual rodoviária no bairro de Pernambués. Essa obra foi justificada como necessária já que no atual terreno, segundo os governantes, não existe essa possibilidade de expansão. Foi apontado também, a proximidade que a mesma terá com uma estação de metrô - a Estação Águas Claras. Porém, vale ressaltar que a atual rodoviária já é próxima a estação de metrô e ônibus e que até 2021 nenhum plano foi apresentado sobre o que será feito no seu atual terreno, o que abre espaço para especulação imobiliária. Em novembro de 2020, foi emitida a ordem para o início das obras da nova Estação Rodoviária tendo, a empresa responsável, o prazo de 24 meses para execução. 

Em 2021, o bairro de Pernambués conta com dois colégios da rede estadual de ensino - o Colégio Estadual Kleber Pacheco e o Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro, e com cinco escolas da rede municipal de ensino - a Escola Municipal de Pernambués, à Escola Municipal Tomaz Gonzaga, a Escola Municipal Hildete Bahia de Souza, à Escola Municipal Epaminondas Berbert Castro e à Escola Municipal Madre Helena Irmãos Kennedy. Além disso, o bairro dispõe de diversos colégios e creches particulares. 

Segundo o mapa da saúde, presente neste site na aba de links, Pernambués conta com uma Unidade de Saúde da Família (USF) - a USF Drº Humberto Castro Lima Pernambuezinho; uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) - CS Pernambués; um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) - CAPS II - Eduardo Saback; e um Pronto Atendimento (PA) - PA Edson Teixeira Barbosa.

 

 

1 Na perspectiva de Almeira (2002), como processo histórico que trouxe aos ndivíduos de um grupo a auto identtificação de uilombos, significa pensar a qestão da identidade como elemento central para a reafirmação da condição de ser e viver um lugar, nesse caso, um território.

2 São ao todo 17 terreiros: Casa Tratema (1944), Centro de Umbanda (1956), Ilê Aláaakorõ Asé Omi (1956), Terreiro de Obirijenan (1960), Auxiliar Sultão das Matas Virgens (1962), Ilê Axé Ninfá (1966), Ilê Axé Jimum (1966), Com Deuses e as Águas (1968), Nome desconhecido (1969), Orobê (1974), Terreiro Omoloyá (1986), Ilê Relíquia de Ogum Ojum Orum (1989), Terreiro Ijeajé de Oiá (1989), Ilê Axé Kawrí N'Iá (1993), Terreiro de Oxum (2002), Kakurakaia (2003) e Unzó Oyá Sidã (2004).

3 O que se entende como centro da cidade varia conforme o momento histórico de ocupação e a forma de expansão da cidade, neste sentido, o centro a que se refere Rossi (2018) é aquele que abrange a área da rua CHile e parte do bairro do Comércio.

4 Segundo definição do dicionário Michaelis, é aquele que paga foro, que está exposto a alguma obrigação relativa ao uso do imóvel.

5 Segundo Lima (2016) eram os possuídores de terras que não tinham sua propriedade, sendo que o laço jurídico que os prendia a essas terras era unicamente o de posse.

6 A Escola Rural se chama oficialmente Escola Francisco Pereira do Lago. Francisco, conhecido como "Coronel" Chiquinho do Lago, era dono de toda área que hoje é a Praça Arthur Lago, localizada no bairro de Pernambués (ROSSI, 2018).

7 Loteamentos legais são definidos segundo a Lei Federal n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979, em que considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. E que coloca ainda que é preciso ter vias de circulação, sistema de escoamento de águas pluvais, rede para o abastecimento de água potável e soluções para o esgotamento sanitário e para energia elétrica domiciliar.

8 Filho do já mencionado Coronel Chiquinho do Lago, que dá nome a primeira escola do bairro. Posteriormente seu filho vai dar nome a uma das principais praças do bairro: Praça Arthur Lago.

9 Há um histórico de organização política que favoreceu a luta para que Saramandaia fosse reconhecida como bairro. A autoconstrução de equipamentos como a Escola Comunitária e a produção cultural são marcantes, sendo um dos poucos bairros a possuir um Plano de Bairro (LIMA, 2012).

10 Os Centros Sociais Urbanos de Salvador, em sua maioria, foram construídos entre a década de 1970 e 1980, sendo geridos pelo governo do estado. Trata-se de um equipamento público que contém áreas de lazer, esporte e educação. No caso de Pernambués, o CSU é o maior equipamento de lazer e lá, além de campo, quadras e auditórios, funcionam uma Escola Municipal e uma Unidade Básica de Saúde (ROSSI, 2018).

11 Segundo Sá (2009), autoconstrução se refere a um processo no qual os próprios habitantes assumem diretamente a gestão da produção ou reforma de suas moradias. Geralmente essas construções ficam localizadas nos assentamentos urbanos populares. 

12 Com a expansão para o vetor norte atlântico a cidade passa a contar com uma outra centralidade onde se localiza o capital financeiro, além de uma variedade de serviços e comércios nas distintas áreas, a região do subcentro de Camarajipe - Iguatemi, Av. Tancredo Neves e entorno.

13 “[...] a denominação "Miolo" se origina do fato da região situar-se, em termos geográficos, na parte central do município de Salvador, ou seja, no seu miolo. A região passou a ser chamada assim a partir dos estudos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano para a Cidade de Salvador (PLANDURB), na década de 1970. [...] situa-se entre os dois grandes eixos de circulação viária da cidade: a BR 324 e a Avenida Luiz Viana Filho, mais conhecida como Avenida Paralela (FERNANDES; REGINA, 2005).

14 Região do bairro que fica mais próxima a referida avenida. 

15 Região do bairro que fica situada na lateral da LEM e que possui córregos afluentes do rio Pernambués, estando, a maioria, poluídos e tamponados desde os anos 2000 (ROSSI, 2018).

16 São exemplos de alguns desses edifícios: Salvador Trade Center, Shopping Sumaré, Condomínio Salvador Shopping Business, Boulevard Side Empresarial, Shopping Paralela, Wall Street Empresarial, Condomínio Manhattan, Alpha Mall, etc.

17 "A construção do metrô de Salvador, por exemplo, contemplou Pernambués com três estações metroviárias (Detran, Rodoviária e Pernambués) e uma estação de transbordo para ônibus coletivo, equipamento que chega a ser utilizado por 28% da população do Encontro da Avenida São Paulo nos deslocaments cotidianos para o trabaho" (ROSSI, 2018).

18 A Via Expressa Baía de Todos os Santos foi inaugurada em 2013 e teve como objetivo ser uma rota alternativa que liga a Rótula do Abacaxi, a BR-324 e Avenida Parela ao porto de Salvador.

19 O projeto do Horto Bela Vsta ocupa uma área de 327.691,34m2 e é composto por 19 torres de 32 e 34 pavimentos (ROSSI, 2018).

20 É por meio deste, que o órgão público legitimado à ação pública, toma do causador do impacto, a interesses difusos, interesses coletivos ou interesses individuais, o compromisso de adequar sua conduta às exigências da lei (Lei Federal n° 7.347/1985).

21 A JHSF é uma empresa de capita aberto, fundada m 1972, que atua no setor imobiliário de alta renda no Brasil, Possuindo expessiva atuação nos mercados de shopping centers, fashion retail, hospitalidade e desenvolvimento imobiliário. 

 

 

REFERÊNCIAS:

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BRASIL. Lei Federal n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 19 de dez. 1979.

_____.  Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF,  24 jul. 1985. Disponível em: <https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=7347&ano=198... Acesso em: 25 ago. 2020.

DIAS, Clímaco. Práticas socioespaciais e processos de resitência na grande cidade: relações de solidariedade nos bairros populares de Salvador. Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, Salvador: 2017.

FERNANDES, Ana. O EPUCS e a cidade do Salvador nos anos 40: urbanismo e interesse público. In I Encontro Nacional de Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2010, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro: ENANPARQ, 2010. Disponível em: <http://www.anparq.org.br/dvd-enanparq/simposios/171/171-615-1-SP.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2021.

FERNANDES, Rosali Braga. Las políticas de la vivienda en la ciudad de Salvador y los Processos de urbanización popular en caso del Cabula. 566f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, 2003. 

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GOUVEIA, Anneza T. de A. Um olhor sobre o bairro: aspectos do Cabula e suas relações com a cidade de Salvador. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, Salvador: 2010.

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SANTOS, Elizabete et al. O caminho das águas: bacias hidrográficas, bairros e fontes. Salvador, 2010.

VIRGENS, Silvia C. A. das. Shopping Center e a produção do espaço urbano em Salvador-BA. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências. Salvador, 2016.

 

 

SOBRE AS AUTORAS:

*Clara Souza Ferreira Rocha é graduanda em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da UFBA, estagiária do observaSSA com financiamento da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento - PROPLAN. 

**Mayara Mychella Sena Araújo é Doutora e Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bacharela em Urbanismo pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Atualmente é Professora Adjunta da Faculdade de Arquitetura da UFBA e coordenadora do observaSSA.

 

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Galeria

  • Fim de tarde olhando do Pernambués por Ramon Davi, 2021