A indicação da semana coloca em debate as questões do racismo e do negro na contemporaneidade. Dessa vez, optamos por algo mais leve e assim recomendamos o romance Americanah de uma das principais autoras nigerianas na cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie. A autora nasceu em Enugu, Nigéria, e mudou-se para os Estados Unidos, onde completou o ensino superior. Escreveu também os premiados romances - Hibisco Roxo e Meio Sol Amarelo - além do Somos todos feministas, No seu pescoço e Para educar crianças feministas: um manifesto.
Americanah, nossa indicação, trata de uma história de amor entre dois jovens, que ao enfrentarem os tempos sombrios sob um regime militar na Nigéria, precisam encontrar alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves. Assim, Chimamanda Adichie parte dessa história de amor, narrada pelos personagens Ifemelu e Obinze, para debater questões como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.
A jovem Ifemelu ao se mudar para os Estados Unidos, se depara pela primeira vez com a questão racial e passa a vivenciar cotidianamente problemas relacionados à vida de imigrante e de mulher negra. Após 15 anos nos Estados Unidos e reconhecida como a blogueira que reflete sobre o dia a dia dos africanos na América, Ifemelu resolve voltar para a Nigéria, e terá que se reencontrar tanto num país muito diferente do que deixou quanto na vida de seu companheiro de adolescência, Obinze.
Segundo as críticas do Los Angeles Times e do The Oprah Magazine, Americanah além de um grande romance é uma crítica social.